20 fevereiro 2010

Vomita NIMIM

A cabeça até treme
Mas parece que trava
Parece que é solta
E que às vezes não para
Mas nas vezes que para
Parece que trava

Parece que trava
E parece que fica
E que fica travada
Cabecinha malcriada
Que quando trava
Ainda fica trincada

Utopicoacelerada
Esconde as palavras
E deixa escondido
Fugindo de mim
Que no entanto sou ela
Cabeça travada

Destrava pra mim
Cabeça maldita
Que trava e que fica
Vomita ‘nimim
A estrofe guardada
Que eu quero gritar
SALVO

Meu cavalo
Comeu o cogumelo
Do cocô das “prima”
E ficou alucinado
E me deixou desnorteado
E eu fiquei foi são e salvo

24 dezembro 2009

PAtuscada

De boca aberta,
Eu ali,
Vendo beleza essa
De sagitário,
Ficava olhando
Beleza essa
De boca aberta.

A boca aberta
De libriano
Era escancarada,
Na patuscada
Que mesmo Gandhi,
De boca aberta,
Fingiu não ver.

Quem não via
A beleza essa
Era quem fingia
Que a patuscada
Era só de Gandhi -
E ele que assumisse
A responsabilidade.

A patuscada
Era ali de todos,
Que mesmo bobos,
De bocas abertas,
Fingiam nada.
Ou fingiam tudo
De bocas fechadas.

Não sabiam eles
Que a beleza aquela
Que todos queriam
Era um pouco minha,
Por mais fantasia
Que pudesse ser
Acreditar que sim.

Duvidar que não
Era besteira alheia,
Que distanciava
Da beleza essa
Que eu me aproximava
Em decidir que sim.
E que eu paguei pra ver.

27 outubro 2009

Notícia de OSTEOPOROSE

É engraçado esse jeito dela de dar noticia de morte.
Não para nunca pra pensar que pode assustar,
Desestabilizar e por os filhos do sujeito pra chorar.

Fala com a frieza da pessoa pura que está toda torta.
Fala que já é costume ouvir notícia de pessoa morta,
Não se abalar, mas sentir a osteoporose entortar.

Louca, fala ao telefone como quem se importa
Mas desliga e xinga logo a piranha de fofoqueira
E diz que quer mais é que se foda aquela fuxiqueira.

Essa gente não tem mais o que fazer e telefona pra
Repassar noticia de gente que ela já sabe que morreu.
Se morreu, morreu. Ela pensa – ele se fodeu, não eu.

26 outubro 2009

Não me ame nunca não

Hoje em dia a carne é fraca
E a verdade mata
Quem diz é o pangaré
Feliz de um pangaré
Morre com sabor de agosto
Que é o mês do desgosto
E da desilusão
E de rimar em vão
Linda como uma uva passa
No arroz colorido
Da cor do vestido
De tom integral
Quase passo mal em ver
Decote tão intenso
Em seio tão imenso
Na minha ilusão
Quero
Eu desejo muito
Que o marido dela
Que eu imaginei
Não sofra como eu
Homem
Que eu nem sei se existe
Que eu nem sei se é triste
Que eu nem sei se deu
Condição de amor
A mulher que amei
A mulher que amo
Pelo menos hoje
Mas que nem sei se tenho
Condição de amar
A mulher bem também
Moça
Não me ame nunca
Não deseje nunca
Não permita nunca
Essa loucura não

26 setembro 2009

O IMPERDÍVEL papo de Terence McKenna