15 setembro 2008


UM AFRONTE
o certo é "uma afronta" mas ontem foi afronte
.
Pedi pra dançar com ela depois de dançar com varias que se saiam bem melhor, o que pouco importa! Ela era um afronte! Que loucura, essa mulher! Dançava dura, mas dançava tanto que dançava bem! Não dançava tanto, mas eu senti como se fosse muito. Ela quase havia recusado o meu convite, eu inclusive aceitei sem choro, mas terminou por não resistir, sorrir no final, e ainda pedir bis! Bom, se eu já tinha experimentado sensações mirabolantes na primeira valsa, na segunda eu sumi. Não sumi sozinho, ela veio comigo – de vez em quando esbarrávamos em algum casal e voltava a lembrança de um salão lotado, mas, com paciência, ele acabava sumindo de novo e mais uma vez podia-se escutar o som da valsa. Ela dançava tensa, exigindo do meu braço direito uma precisão muito esquisita e, sem querer, contribuindo muito e deixando a dança fluir. Na segunda vez dancei como se ela fosse minha. E mesmo sabendo que poderiam me desmentir, diria que senti como se ela desejasse que eu fosse dela. Aquele afronte! Definitivamente, uma valsa inesquecível...

3 comentários:

betina disse...

seus dotes "bailarínicos" são irresistíveis, meu caro. hahaha


eeee, até que enfiiim :)

Andrè Dale disse...

hahaha Quem sou eu!?

Bianca disse...

Vai ver ela só estava tensa...