Era como se as pessoas pulassem,
Como se elas estivessem dançando,
Mas não era bem isso que acontecia.
Era como se elas enlouquecessem
E não ligassem pra esse negócio
De enlouquecer de vez em quando,
Contanto que a loucura fosse boa
E que só se ingerisse loucura da boa.
Era como se as pessoas fossem vivas
O tamanho necessário pra ser bom
O suficiente pro tamanho ser bom
O suficiente pra que tudo fique bom.
E tudo ficava bem bom naquela hora.
Como se ninguém estivesse ligando,
Como se o treco todo estivesse ligado
Por um outro treco que juntasse tudo.
Era como se as pessoas se beijassem
Mais do que estavam beijando de fato.
Era como uma falta de intimidade
Onde o amor era maior do que era
Quando se encontravam fora dali,
Onde a intimidade mostrava, nítida,
Quem realmente amava e quem não
Queria nem saber de amor nenhum.
Era como se o líder não falasse nada.
E não parecia preciso que fosse dito
Nada pela boca calada do tal do líder
Que, sendo líder, dizia quase nada
E se fazia entender com precisão,
Apesar do tamanho do pouco que dizia.
Não precisava muito pro entendimento
De se escutar barulho e se ouvir silêncio.
9 comentários:
ai, ai, dré dei... tu me encantas com estas tuas maluquices ritmadas!
perfeito, varias geniais sacadas neste texto, ditas de um modo muito simples, me encantou tb...beijo!!!
o mais incrivel eh como mantem por um tempao a mesma sensaçao otima de ler isso
e em voz alta.
lindo, drids
em voz alta, muito bem observado, lolô!
em voz alta é o teste decisivo!!! em voz alta é porque tá vivo!!!
Continue berrando, Dré!
é mesmo, até lendo pra mim parece q estou lendo em voz alta.
Achei!! E gostei! Tem que escrever mais, Samambaia!!
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